Eu já gastei muito dinheiro de maneira errada, comprando supérfluos ou coisas que ficaram paradas no armário. Acho que a última aquisição foi o par de patins que viu rua duas vezes, mas há duas justificativas: tive um problema no sangue sem explicação que me deixava com hematomas enormes, o que tornava andar de patins um risco para meus braços e pernas, e quando melhorei dessa palhaçada, engravidei. Tá lá os patins e os acessórios na caixa, no armário, olhando com raiva pra mim todo dia que abro o dito. Pensei em vender, mas acho que depois que o bebê nascer vou aproveitar mais, até porque tenho um parque do lado de casa onde poderei andar enquanto o companheiro fica com a cria embaixo de uma árvore comendo frutinhas e rindo dos meus tombos. Um sonho.
Já paguei cursos que não fiz, livros que estão pegando pó na estante, cremes que já perderam a validade e foram pro lixo na metade. Um monte de grana jogada fora. Só que agora, com a iminente chegada de um filho e colocando tudo na pontinha do lápis, eu entrei em modo faniquito: precisamos economizar.
Entre as economias frugais que fiz por aqui, a mais fácil foi cozinhar a comida da semana inteira no domingo. Em duas horas e pouco eu tinha comida pra 5 dias - almoço e janta - e a cozinha limpa, que é mais fácil de se manter limpa se você suja um prato e dois talheres por refeição. Outra economia de longo prazo que fizemos foi anotar o que está no congelador e só colocar algo novo se formos consumir algo que já está lá. Chega de restinho de comida que não vai ver prato.
A outra coisa foi mais emergencial: meu notebook pessoal pifou, fui ver e foi a bateria. Tem uma insistente luz piscando e preciso apertar F1 ao entrar, certificando pra ele que não vou desconectar da tomada para não causar uma parada total. Esse notebook existe desde 2014, é um bom computador e serve para o que preciso - jogar TFT, Stardew Valley, outros cozy games e navegar na internet - já dei um upgrade de SSD que reviveu o “pobi” e troquei a tela em 2020. Agora a bateria. No geral, em investimento, foi menos de 500 janjas e, numa pesquisa rápida, vi que um computador com as mesmas configurações não sai por menos de 2500. Não faz sentido pra mim, porque esse foi o preço que paguei há SETE ANOS. Quando joguei a discussão no twitter, os amigos foram unanimes: compra a bateria, não vale a pena tentar trocar de notebook agora. Então tá aí, mais uma economia feita.
Vou ser sempre essa pessoa mão de vaca? Não, provavelmente ainda vou comprar uma roupa que achei bonita no espelho da loja e que na vida real me deixa parecendo o Seu Boneco, mas a ideia é diminuir ao máximo esses rompantes e pensar na promoção de fraldas do próximo mês.
Afinal, não tem outro sistema (ainda - a fala de uma otimista), a economia vai passar por um período complicado antes de voltar a ficar boa (fé no pai) e uma hora ou outra a gente precisa crescer um pouco e entender que dinheiro na mão é vendaval - de boletos pra pagar.
Se quiser ajudar nas fraldas do bebê, a lista está aqui. Se você gosta do que escrevo e se compadece ou se identifica com meu drama financeiro, pode deixar um comentário em solidariedade - ninguém solta o serasa de ninguém.
Eu amoooo tudo o que você escreve!